Um filme dirigido por Murilo Salles com Leandra Leal.
Baseado na obra de Clarah Averbuck.

A paixão é uma faca de muitos gumes: move o mundo, promove mudanças e revoluções, é propulsora de impulsividades em geral, sejam elas viagens, cortes de cabelo ou crimes sangrentos. Ser passional é qualidade e defeito, é elogio e maldizer, tudo depende do ponto de vista do ouvinte e da entonação do dizente.

Porque paixão todo mundo tem - ou quase, que seja. Quase todo mundo experimenta a paixão, mas quase ninguém a vive no limite, a embute no cotidiano, a ponto de nem entender a vida sem ela. Gente pra quem o dia-a-dia é um disco arranhando de tanto repetir se não tiver paixão. Gente pra quem a paixão é o motor de tudo, seja pra trepar, pra trabalhar ou lavar o chão: nada passa batido, nada é ligeiro, tudo é intenso e manchado pela força da paixão.

Daí pode-se deduzir que quando essa gente se apaixona é de tremer o chão e incendiar as estrelas. Porque se a paixão pelas coisas em geral é fundamental, quando o alvo dela é gente é melhor sair de baixo, sair da frente, que tudo fica maravilhoso e incontrolável. Quem tem medo de intensidade não agüenta nem um mês. Quem gosta da coisa, e portanto é tão passional quanto o apaixonado em questão, devolve na mesma medida, e aí é crise na certa.

Paixão: haja sanidade pra encarar o furacão.

Um comentário:

Luiza Rudge Zanoni disse...

da paixão e do amor, coisas diferentes?
VS.

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