A atriz e a escritora chegaram juntas a Gramado
É um grude que começou cerca de dois anos atrás, época em que Nome Próprio começou a sair do papel e do mundo virtual para virar o longa-metragem que abriu ontem à noite a mostra competitiva do 36º Festival de Gramado. Leandra Leal, a protagonista, e Clarah Averbuck, a escritora que emprestou muitos de seus textos confessionais para o roteiro de Murilo Salles, viraram grandes amigas. Agora tocam um trabalho em parceria.
– Estamos escrevendo uma peça juntas, uma comédia em tom de melodrama tipo novela no teatro, com capítulos – conta Leandra.
As duas chegaram a Gramado ontem, no fim de tarde, algumas horas depois do previsto, graças a um pequeno contratempo na subida à Serra – “um probleminha com um IPVA vencido”, explica Leandra, sorrindo, sem dar maiores detalhes.
O entusiasmo de ambas com Nome Próprio é evidente. A boa recepção ao filme por parte da crítica – está em cartaz no centro do país desde 18 de julho – destaca sobretudo o excelente trabalho de Leandra, 26 anos, confirmando-a como uma das mais talentosas atrizes de sua geração. E realça ainda mais o nome de Clarah, 29 anos, como uma das estrelas da nova geração da literatura brasileira.
– Conheci os textos da Clarah antes de começar a filmar. Quando cheguei ao set, sabia muito de cada cena, daquele universo – lembra Leandra, acrescentando que teve liberdade para improvisar. – Tem uma seqüência no motel em que eu criei uma situação que não estava prevista. O engraçado é que várias comentam que passaram por uma situação parecida, de chegar na hora e se arrepender.
– Comigo não comentam nada do filme, pois, como acham que sou eu ali, ficam com medo de falar algo – emenda Clarah, enfatizando o que tem se cansado de enfatizar desde que o filme estreou: Camila, a personagem que é uma aspirante a escritora vivendo uma rotina de excessos, físicos e criativos, não é ela, e sim uma cria de ficção, dela própria e de Murilo Salles.
Sobre Leandra, Clarah comenta:
– A interpretação dela é fantástica. Não imagino outra pessoa no papel.
Bastante empenhadas na divulgação de Nome Próprio, Leandra e Clarah, além da parceria profissional, como boas amigas, ajudam uma a outra em questões da vida pessoal. Clarah quer trocar o apartamento na capital paulistana por uma casa na distante Granja Viana, com muito verde e pátio para a filha pequena brincar. Já levou Leandra para olhar. Diz durante a entrevista que pensa em comprar uma moto.
– Em São Paulo, de jeito nenhum, tá maluca? – é a resposta de Leandra.
Fonte: Especial Gramado no ClicRBS
2 comentários:
done.
VS.
único filme que assisti duas vezes nos últimos tempos.
é um grande resumo!
Da última vez, eu tava numa fossa fudida: chorando no caminho, no ponto de ônibus, no último ônibus da madruga(aqui eles param de rodar a 1h da manhã) mas aí o filme deu o Plim necessário pra seguir em frente e quebrar-se de novo daqui a pouco, porque não?
Camila, desnuda. numa casa desnuda.
é incrível. muita coragem. uma beleza! Gracias.
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