Um filme dirigido por Murilo Salles com Leandra Leal.
Baseado na obra de Clarah Averbuck.

Leandra Leal e Clarah Averbuck chegam juntas à Gramado. Foto: Daniela Xu

A atriz e a escritora chegaram juntas a Gramado


É um grude que começou cerca de dois anos atrás, época em que Nome Próprio começou a sair do papel e do mundo virtual para virar o longa-metragem que abriu ontem à noite a mostra competitiva do 36º Festival de Gramado. Leandra Leal, a protagonista, e Clarah Averbuck, a escritora que emprestou muitos de seus textos confessionais para o roteiro de Murilo Salles, viraram grandes amigas. Agora tocam um trabalho em parceria.

– Estamos escrevendo uma peça juntas, uma comédia em tom de melodrama tipo novela no teatro, com capítulos – conta Leandra.

As duas chegaram a Gramado ontem, no fim de tarde, algumas horas depois do previsto, graças a um pequeno contratempo na subida à Serra – “um probleminha com um IPVA vencido”, explica Leandra, sorrindo, sem dar maiores detalhes.

O entusiasmo de ambas com Nome Próprio é evidente. A boa recepção ao filme por parte da crítica – está em cartaz no centro do país desde 18 de julho – destaca sobretudo o excelente trabalho de Leandra, 26 anos, confirmando-a como uma das mais talentosas atrizes de sua geração. E realça ainda mais o nome de Clarah, 29 anos, como uma das estrelas da nova geração da literatura brasileira.

– Conheci os textos da Clarah antes de começar a filmar. Quando cheguei ao set, sabia muito de cada cena, daquele universo – lembra Leandra, acrescentando que teve liberdade para improvisar. – Tem uma seqüência no motel em que eu criei uma situação que não estava prevista. O engraçado é que várias comentam que passaram por uma situação parecida, de chegar na hora e se arrepender.

– Comigo não comentam nada do filme, pois, como acham que sou eu ali, ficam com medo de falar algo – emenda Clarah, enfatizando o que tem se cansado de enfatizar desde que o filme estreou: Camila, a personagem que é uma aspirante a escritora vivendo uma rotina de excessos, físicos e criativos, não é ela, e sim uma cria de ficção, dela própria e de Murilo Salles.

Sobre Leandra, Clarah comenta:

– A interpretação dela é fantástica. Não imagino outra pessoa no papel.

Bastante empenhadas na divulgação de Nome Próprio, Leandra e Clarah, além da parceria profissional, como boas amigas, ajudam uma a outra em questões da vida pessoal. Clarah quer trocar o apartamento na capital paulistana por uma casa na distante Granja Viana, com muito verde e pátio para a filha pequena brincar. Já levou Leandra para olhar. Diz durante a entrevista que pensa em comprar uma moto.

– Em São Paulo, de jeito nenhum, tá maluca? – é a resposta de Leandra.

Fonte: Especial Gramado no ClicRBS

2 comentários:

Luiza Rudge Zanoni disse...

done.
VS.

Suzana Zana disse...

único filme que assisti duas vezes nos últimos tempos.
é um grande resumo!
Da última vez, eu tava numa fossa fudida: chorando no caminho, no ponto de ônibus, no último ônibus da madruga(aqui eles param de rodar a 1h da manhã) mas aí o filme deu o Plim necessário pra seguir em frente e quebrar-se de novo daqui a pouco, porque não?
Camila, desnuda. numa casa desnuda.
é incrível. muita coragem. uma beleza! Gracias.

Músicas de Camila