Um filme dirigido por Murilo Salles com Leandra Leal.
Baseado na obra de Clarah Averbuck.

Jornal Zero Hora, caderno Donna, matéria publicada no dia 03 de Agosto, Domingo.
Por PATRÍCIA ROCHA.

Leandra Leal é o Nome Próprio

Atriz ficou amiga de Clarah Averbuck, a escritora que inspirou o filme



Leandra Leal fez cenas ousadas no filme

Nome Próprio é Leandra Leal. É ela que move o filme de Murilo Salles, adaptado da obra de Clarah Averbuck. Em cena, a atriz de 26 anos despiu a roupa e os pudores e tem impressionado com sua atuação visceral para Camila, uma aspirante à escritora que vive e sofre intensamente e dá vazão a tudo isso pela escrita, seja no blog ou no chão da sala. Um papel oposto à solar Elzinha, da novela das seis, Ciranda de Pedra, e a outras meninas doces e espevitadas que Leandra já viveu.

– Fica uma boa sensação de ter cumprido até o fim o desafio que me impus. Sou super-orgulhosa do filme – diz Leandra, por telefone desde o Rio.

Do filme também ficaram novos amigos. Entre eles, Clarah Averbuck. Murilo havia aconselhado Leandra a não contatá-la durante a construção da personagem, mas a atriz seguiu a intuição e ligou para a escritora. Ficaram amigas, e Clarah brinca que Leandra era sua agente infiltrada nas filmagens. Foi pelas mãos dela, por exemplo, que o pôster dos Strokes saiu da parede da casa da escritora e foi parar no set. Juntas, incrementaram o figurino da personagem com roupas delas e de amigas. Tudo que tivesse a cara da Camila.

Em breve, Leandra mostrará outras caras. Nesta semana volta a cartaz em São Paulo a peça Mercado e Futuro, que ela produziu e co-dirigiu, e em janeiro estréia o filme Bonitinha mas Ordinária.

Donna ZH – Sua atuação tem sido muito elogiada, descrita como visceral. Como foi a experiência?
Leandra –
A entrega foi total. Não dava para não ser. O tempo inteiro a personagem está em cena, sozinha, com poucos atores. Há muita coisa apenas com a câmera, que capta tudo. Seria impossível não estar inteira.

Donna ZH – Você disse que iria avisar sua mãe (a atriz Ângela Leal) sobre as cenas de nudez. Você se sentiu muito exposta?
Leandra –
Não. Você se sente muito exposta quando não quer ser exposta. Se as cenas de nudez fossem algo problemático, não poderia fazer esse filme. Era uma condição para fazê-lo.

Donna ZH – Você já era leitora da Clarah Averbuck?
Leandra –
Não. Então, comecei a escutar as bandas que ela cita nos livros... Na época, ela estava descobrindo Strokes. Depois, li aqueles livros que estão na estante da personagem e tive conversas com o Murilo (Salles, diretor) sobre o roteiro, o que ele esperava, o que eu poderia contribuir. Tive duas semanas de ensaio com os outros atores. Mas foi um processo muito solitário, eu andando à noite por São Paulo, eu naquele apartamento sozinha... Fiquei morando uma semana no apartamento do Márcio (nome do personagem que hospeda Camila em um velho apartamento, uma das locações do filme), o mais trash...

Donna ZH – Como a Clarah influenciou na construção da personagem?
Leandra –
A Clarah é uma figura muito forte. Acrescentou muito com suas visões de mundo: o humor, os comentários, a vida dela. Nossa relação foi além do filme. Quando a conheci, a gente se encontrou às 15h e só foi se desgrudar as 11h do dia seguinte. Fizemos mil coisas. Fomos para minha casa, para a casa dela, fomos dançar, tomar café da manhã... Ela é uma figura incrível para você rir e para você chorar da vida. Principalmente para rir.

Donna ZH – Como Camila, você tem blog (alicemepersegue.blogger.com.br). Como é a sua relação com a escrita?
Leandra –
Minha relação maior com a escrita não se dá pelo blog. Já escrevi uma peça (Impressões do Meu Quarto, em parceria com Bianca Gismonti). O blog é um canal de expressão do que, mesmo ocupando espaço na mídia, tenho pouco espaço para falar. Mais nova, eu precisava escrever o tempo todo, hoje descobri outros lugares. Mas ainda escrevo. Nem que seja para me entender. Mas meu blog não é exposição, porque não publico essas coisas mais pessoais.

Donna ZH – Durante Páginas da Vida, você criticou a novela no blog (Leandra questionou os rumos da trama e ironizou a interpretação da colega Danielle Winits), o que foi muito comentado. Como você lida com a repercussão de uma opinião na internet?
Leandra –
Está na chuva é para se molhar... Honestamente, não tenho muito paciência para falar disso.

Donna ZH – A situação tem muito a ver com a filosofia da Camila: uma vez que entrou na rede...
Leandra –
As relações que acabam sendo formadas a partir das reações, da exposição do que você pensa, qual o limite, é algo que eu mesma
ainda me sinto aprendendo. E aprende- se com erros e acertos.

Donna ZH – Qual a sua expectativa para a exibição de Nome Próprio no Festival de Cinema de Gramado?
Leandra –
Não sei. É difícil ver esse filme sendo lançado. Teve tantos cortes, e eu me envolvi tão além do que normalmente o elenco se envolve. Acompanhei várias montagens, trocamos opiniões sobre o que deveria sair ou ficar. Por isso, no lugar em que um filme pode ser de um ator, digo que é muito meu. Mas agora a minha expectativa é que pelo menos o filme consiga ficar em cartaz um tempo.

8 comentários:

Anônimo disse...

A Leandra Leal tem toda razão, quando critica Danielle Winits, atriz(se é que se pode chamar de ATRIZ} de um personagem só. Por sinal ridículo....

.lucas guedes disse...

uau! muito bacana... ah, nada a ver (e tudo a ver), fica aí a dica pra ver o lirinha na sala crisantempo, no seu mercadorias & futuro, eim. http://www.mercadoriasefuturo.com.br/

Unknown disse...

eu vi no sesc santos o mercadorias & futuro, é muito bom!!!

Quero ser ex gordinha também!! disse...

Parabéns pelo seu trabalho no filme a sua maravilhosa fase profissional na televisão. Mas tenho certeza que o Brasil TODO tem interesse em saber como você emagreceu e definiu seu corpo . Espero que seja publicado pois tenho certeza que seria um incentivo aauto-estima das mulheres . Obrigada!

Anônimo disse...

Parabens pelo seu trabalho!
Vc nos surpeende a cada papel!!!
Sou sua super fã!
Beijos

Anônimo disse...

Eu moro em Brasília, e estava passeando no Rio quando entrei na Laura Alvim para assistir Leandra Leal na tela.Adorei o filme, adoro a Leandra Leal, é uma atriz que não gosta de aparecer, ninguém sabe nada de sua vida pessoal e isso me faz ser mais fâ dela.Quando ela vier a Brasília fazer qualquer trabalho, não quero perder a oportunidade de assistí-la.
Walter Lúcio

Unknown disse...

estou precisando melhorar minhas relações com as mulheres, bem que a leandra poderia ajudar,so que, creio que isso agora seria meio complicado, tudo bem.

então..., curto muito o trabalho da leandra, pena , que a globo ultimamente esta sabotando com papeis fracos.
mas mesmo assim os meus dedos da mão direita lhe dão bons papeis.

Anônimo disse...

Que delicia a buceta da leandra, eu adoraria ter feito a cena de abrir a buceta dela para fotografar o clitoris.
Lógico que a punheta ia ser enquanto eu bulinava o lindo clitoris dela? Nao como o nerd que bateu pro computador. E no fim eubia hoza bastante por cima dessa bucetona maravilhosa

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