Um filme dirigido por Murilo Salles com Leandra Leal.
Baseado na obra de Clarah Averbuck.

Para fechar o quadro de artistas plásticos que participaram do filme, Daisy Xavier.

A página de um caderno ou a tela do computador são pequenas, não dão vazão aos sentimentos. Camila precisava de espaço, de mais espaço para dar conta de si. E para acomodar essa pulsão criativa, Daisy Xavier faz da parede a moldura do fluxo de pensamentos de Camila, acolhe em colagens o transbordamento da personagem. É através de suas mãos que se forma visualmente e ganha corpo a massa complexa de intuições, anotações, decalques, e fotos de Camila.



Essa pesquisa que aparece grande e robusta no filme começou pequenininha, como um exercício nos cadernos pessoais da artista. Exercícios sem pretensão, exercícios de olhar, para o olhar. Uma livre experimentação de meios e linguagens, um prazer.

Daisy Xavier
Artista plástica e psicanalista. Sua formaçăo em artes plásticas teve início no Núcleo de Aprofundamento no Parque Lage do Rio de Janeiro em 1990, onde fez também outros cursos com Miltom Machado, Daniel Senise, Beatriz Milhazes e Paulo Sérgio Duarte. Realizou várias exposiçőes individuais, entre elas: Mesuras, nas Cavalariças do Parque Lage, 2005. Nadando, na V Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2005. Passantes, Instituto Tomie Ohtake, Săo Paulo, 2007. Galeria Laura Marsiaj, 2007 e 2003. Mind the net (CFAR, Londres, 2001).

Suas obras buscam investigar questões ligadas às identidades e as alteridades. Seja pela desconstrução ou pela recriação de formas e conceitos estabelecidos, a artista cria imagens de forte carga poética onde o corpo deixa de ser meramente físico e passa a representar zonas permeáveis. Elementos como a rede e a água são recorrentes nos trabalhos da artista - sejam vídeos, fotos, instalações, pinturas ou desenhos. Ambos elementos não deixam definir o que se encontra dentro ou fora, criando campos intercambiáveis, de constante mutação.

Estamos disponibilizando um pouquinho dessa pesquisa; primeiro o processo de montagem das colagens no filme e depois os cadernos.

















Um comentário:

Anônimo disse...

Direçao de arte muito realista...crua.
Gostei muito! Muito.
E me apaixonei por esses cadernos...coisas que ela escreveu na parede...

Músicas de Camila