36° Festival de Cinema de Gramado - Coletiva de imprensa com a equipe do filme Nome Próprio. Foto Edison Vara/PressPhoto
Aconteceu nesta manhã o debate sobre o filme Nome Próprio. A platéia do Auditório Locatelli foi composta por críticos de cinema, estudantes, jornalistas e pelo júri popular, além de cinéfilos. O diretor Murilo Salles, a escritora Clarah Averbuck, a co-roteirista Viviane Mosé e o diretor de arte Pedro Paulo de Souza fizeram parte da mesa de discussões.
Murilo falou sobre o processo de construção da personagem Camila, interpretada por Leandra Leal. Para o cineasta, a elaboração se deu muito através da cumplicidade estabelecida entre eles. “Ou a Leandra ‘comprava’ o projeto junto comigo, ou o filme não teria acontecido. Neste sentido, acho que ela é co-autora da produção”, salienta Salles. Para o diretor, ao contrário do que possa parecer, existe pouca casualidade na produção”. Murilo diz que houve espaço para improviso, mas havia um roteiro bem estruturado para ser seguido.
Para Salles, a escolha de Leandra Leal foi um grande acerto. Murilo considera que existe o ator certo para um determinado personagem. “Vimos vários testes e o da Leandra se impôs com contundência máxima”, elogia. O filme foi realizado com tecnologia digital. Para o diretor a câmera foi fundamental nesse processo. “A Camila está nua o tempo todo, mesmo quando está vestida. Isso exige uma postura de câmera diferenciada”, comenta.
O diretor de arte Pedro Paulo de Souza salientou que todos os objetos de cena foram escolhidos de forma que houvesse uma ligação verdadeira com a personagem. Deste modo, os livros, os CD’s, ou qualquer outro elemento cenográfico estabeleciam uma ligação verdadeira com o universo de Camila.
Para Leandra Leal o convite para viver Camila representou um desafio aos seus limites. “Decidi aceitar esse papel porque quis como atriz fazer esse trabalho radical de entrega. Pensei: é aqui que eu vou gritar para mim mesma que eu sou atriz. Foi muito gratificante”, revela Leandra.
Para Clarah Averbuck, o autor deve manter um distanciamento da produção e não interferir no resultado final. “Autor bom é autor morto. Autor não tem que se meter e reclamar”, mas a escritora diz que gostou do filme e que havia ficado claro desde o princípio que o longa seria inspirado em sua personagem, mas não seria a filmagem fiel de seu livro Máquina de Pinball, obra que deu origem ao longa.
Viviane Mosé, poetisa e co-roteirista de Nome Próprio passou a integrar o filme na fase final, quando a captação de imagens estava praticamente pronta. Alguns de seus desafios consistiam em resgatar a questão do transbordamento e do excesso. Mosé finalizou todos os textos de os off’s e, também, os que aparecem na tela.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Festival de Gramado
Um comentário:
Muito legal, fico feliz em ver a repercussão do filme em festivais que prestigiam o cinema nacional. Fico na torcida agora!
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